sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Show do Marcelo Camelo...a Saga!


Saí correndo, estava atrasada. Será que o show do Marcelo Camelo seria completo, agora que seus hermanos estavam em outros projetos? Mal sabia eu, tadinha. O show também demorou a começar, parecia que os segundos se arrastavam e queriam que minha ansiedade só aumentasse: conseguiram. Mas quando começou, quando seu violão e linda voz vieram Passeando pelo Cine Theatro Central, ah...tudo ficou pequeno. Eu, do alto da galeria, me sentia cortejada pela música, poesia e melodia inebriantes que me levavam a sonhar com o belo. Não era o Camelo em si, era sua arte, sua forma de transcender todas aquelas pessoas e fazer com que eu me sentisse especial, como se tudo aquilo fosse para um encontro meu com a mais bela música. A Menina Bordada que vos fala dançava quando todos estavam estáticos e sorria como criança quando a melodia calma embalava nossos corpos; a luz bem centrada na figura do Marcelo deixava o ambiente ainda mais intimista. Copacabana fez parecer carnaval, vi homens com dedos levantados e Camelo, o tempo todo, tentando se livrar do suor através de mãos e paradas. Como dancei, como ri, como fui feliz em Copacabana. A Janta foi mais cedo, preencheu todo o espaço com luz e magia, quando ele começou nos fez ascender, trovejavam aplausos. Ainda para fechar o show, nos presenteou com belas canções que fugiam do Sou, Santa Chuva lavou a alma de muito, ao menos a minha. Marcelo Camelo, entre alguns comentários certeiros: Um Cara Valente. Depois de dois “Mais um” as luzes se acenderam, mas parecia mentira, ainda acenderam devagar que era para irmos despertando aos poucos.
“Corre, Danilo!” Só consegui pensar que precisava falar com ele, dizer quão era maravilhosa sua obra. Primeira etapa: “Esperem na parte de fora, ele vai sair por lá.” E lá fomos nós, fiquei de cara com a porta, e com os seguranças. Mas, adivinhem, só quem tinha uma credencial, pulseirinha, podia parabenizá-lo, isso era tão desolante que permaneci em guarda. A tal pulseira, que foi sucateada e pirateada com a demora, era dada na bilheteria, mas não era informada que existia. Sim, me revoltei. Mas eu não queria brigar, tentei ser educada com os seguranças, afinal o meu maior propósito ainda era encontrar Camelo e dizer tudo que estava sentindo. Ficamos lá, mas ficamos mesmo. Entre chato, menina tentando roubar pulseira na bordoada - meu deus, isso foi bizarro!- eu quase desisti duas vezes, mas fiquei, fiquei ficando porque ele sairia por aquela porta. No fim, grata surpresa, entramos! Eu tremia, tremia muito, eu tremia muito mesmo. As meninas foram na minha frente e o Danilo lá comigo, esperando. Falei pro Marcelo algo sobre a sensibilidade e harmonia da música dele, e ele brilhou com os olhos, escutou e agradeceu. Ai eu percebi: tanta beleza vem do música, que lindo. Era muito atencioso, me deu um autógrafo, porque sou fã,né?! E eu pedi um biscoito também do camarim dele, sei que foi estranho, ele também estranhou, mas eu queria!
Saí de lá soltando foguetes, até agora estou. Queremos mais, quero gritar de novo na rua de tanta felicidade, valeu a pena! Vida Doce, Camelo...Vida Doce!

Nenhum comentário: