segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Feito dos Heróis...


Prefiro cantar o feito dos Heróis, quero imortalizar a voz que tantos tentam calar com os infortúnios da rotina, do massacre. Mas eu, como filha de tais seres Humanos, tenho que revivê-los em minha doce memória e avisar ao povo, aos comuns que marcham sem Heróis, sem Deuses, que eles ainda vivem e velam pelo vão sono da Humanidade. Se protestarem, dizerem que jazem nas ruínas do passado, que sou louca por crer no que não se toca, eu direi:
“Sou como a Fênix, ressurjo das mesmas ruínas que meus irmãos, meus pais, amigos leais do tempo de outrora. São essas ruínas que me fizeram forte, edificaram minha morada e hoje são alicerce de minha moral. Cairei, mas com um ato heróico, e ressurgirei dos meus cacos, os refazendo com o poder dos antepassados, que por aqui já passaram. Louco é aquele que se vende para as estruturas falidas que diante dos nossos olhos estremecem. Eu posso toca-los, a cada pôr-do-sol, a cada desabrochar de uma flor, a cada lágrima que pasma com a beleza do Mundo. Isso é real, é a realidade rechaçada pelos homens, isso é Real, é a Realidade salva pelos Heróis.”
É aos Heróis que devoto minha vida, como uma pequena discípula, sigo seus passos e entrego meu destino na mão dos que já o fizeram. Sei que a estrada não é fácil, nem espero, pois para tão venturoso destino só poderiam ter distintas provas, ser Herói é para os fortes. E por tantas me sinto fraca, pequena, insignificante. Mas logo me recordo:
“ Sou filha do Universo, essa mãe gentil que zela por nós através da melhor educação, a Justiça. E como sua filha, ela me reserva só o que há de melhor, algo que me faz Deus, algo que me faz tão magna e forte quanto o Universo, eu sei. Sinto em minhas veias correndo a força de um Sol, a grandeza de uma Super Nova, emana dos meus poros todo o Cosmo e sua Luz. Sou pequena como um átomo, mas tenho toda a potência do Universo.”
Não, não, caros amigos, não estou em devaneios. Estes que, às vezes, confesso, me visitam, agora estão longe. Fala dos distintos, falo da estirpe, falo dos homens que fazem de suas vidas uma verdadeira Saga. Falo daqueles que sabem que palavras como Honra, Beleza, Verdade e Fé são mais que mera bobagem para enganar o pobre e ignorante. Falo de Aquiles, Hércules, Odisseu, Penélope... Falo de todos, e de tantos que convivo e admiro. Não sei se os conhece, talvez os visitem-nos mais austeros sonhos, a mim parecem caminhar ao lado. Não sei se os sente, mas se, ao brilhar os olhos e vibrar a alma, saiba, algum, talvez o seu próprio, espreite sua parte mais digna. E para que escrevo tudo isso? Para dizer-lhes, aos Heróis, o que sinto e quão bom é ser filha de vosso legado.
“ Encarnando as virtudes, eles me deram um presente, a chave para o que o Homem tem de Melhor. ‘Raça de Heróis virá salvar a Terra.”, e pretendo, honrosos cavalheiros, fazer parte desta confraria com meu sangue, minha energia e alma, por ser livre, atrelo-me a vocês. Usando um pouco do que outros Heróis já disseram agora despeço-me de meu humilde agradecimento:
‘Nada para mim senhor, nada para mim... Tudo para a Glória Heróica, a mais distinta Saga: a Evolução!’ “

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